terça-feira, 5 de novembro de 2013

A beleza da vida

É bonito quando você acha dinheiro no bolso. Acha as chaves que perdeu.

Se emociona com um livro que não dava nada por ele e agora é pra sempre seu.

É bonito quando a servente dá bom dia. O guarda sorri. O motorista para fora do ponto só pra você subir.

É bonito quando um casal de mendigos brinca de acordar a vizinhança, e depois de algumas tapas, estão juntos e abraçados novamente, dividindo a imensidão da cidade numa nova dança.

As paixões de ônibus. Elas também são bonitas. Duram duas horas no máximo, mas geram imaginações infinitas.

É bonito como as pessoas se falam com o olhar. Sorriem, se amam, se comem com os olhos e não dizem uma palavra que o silêncio possa quebrar.

É lindo saber que você pode ver o mar e deixá-lo quantas vezes quiser sem se preocupar, que ele ainda estará lá, na próxima vez, com sua imensidão, pronto para te ajudar a relaxar.

É bonito a forma como aquele cara espera pela sua menina, sem pensar nas horas que voam e viram um mês, até que ela se encontre e o encontre de vez.

Mas o mais bonito é saber que você pode errar quantas vezes quiser, quebrar a cara quantas vezes precisar, que sempre haverá um outro dia, uma outra hora, uma outra vida pra gente se reinventar.